Blog 20/11/2023

Dia da Consciência Negra: profissionais do setor de tecnologia

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Uma análise dos dados disponíveis ao público para 2022, realizada pela empresa norte-americana de inteligência no ambiente de trabalho Revelio Labs, indica que os profissionais negros e de origem latina representaram 7,42% e 11,49%, respectivamente, das demissões em massa na área de tecnologia em 2022. Vale lembrar que eles representam, respectivamente, apenas 6,05% e 9,96% dos profissionais do setor.

Uma análise dos dados disponíveis ao público para 2022, realizada pela empresa norte-americana de inteligência no ambiente de trabalho Revelio Labs, indica que os profissionais negros e de origem latina representaram 7,42% e 11,49%, respectivamente, das demissões em massa na área de tecnologia em 2022. Vale lembrar que eles representam, respectivamente, apenas 6,05% e 9,96% dos profissionais do setor.

Um estudo realizado em 2016 por Alexandra Kalev, professora de sociologia e antropologia da Universidade de Tel Aviv, em Israel, concluiu que esta política de layoff prejudica os profissionais sub-representados.

E, embora alguns dados demonstrem que os profissionais não brancos tenham avançado rumo ao aumento da representatividade em cargos de diretoria, muitos deles foram contratados recentemente. Por isso, são alvos fáceis das demissões em massa baseadas na estabilidade.

"As empresas ainda estão tomando essas decisões e afirmam de forma reflexiva que as últimas pessoas [que entraram] devem ser as primeiras a sair", segundo Corey Jones, um dos fundadores e diretor de criação da empresa de consultoria PrismWork, dedicada a transformações culturais no local de trabalho.

Jones é um dos autores de um artigo recente publicado pela Harvard Business Review, com suas colegas da PrismWork, Daina Middleton e Rebecca Weaver. Eles defendem que empresas inteligentes deveriam "incluir esforços de diversidade, igualdade e inclusão em todos os estágios do ciclo de vida dos funcionários, incluindo os rompimentos".

Por isso, se uma empresa for verdadeiramente comprometida com a inclusão, os autores argumentam que os layoffs não devem afetar desproporcionalmente os funcionários marginalizados, seja intencionalmente ou não.

Para os profissionais não brancos, os desafios representados pelas demissões em massa são dois.

Depois de ultrapassar uma barreira inicial mais alta para entrar na empresa que seus colegas brancos, pode ser difícil encontrar um novo emprego depois de um layoff — especialmente no setor de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

E, quando os profissionais não brancos são dispensados e não conseguem emprego nos seus campos de atuação escolhidos, toda uma rede crescente de profissionais que fornece mentoria e conexões àqueles que procuram emprego é prejudicada.

Em um estudo de 2023 sobre o Estado da Desigualdade no mercado de trabalho, da organização promotora da diversidade Hue, com sede nos Estados Unidos, um em cada dois profissionais não brancos relatou não ter as conexões profissionais necessárias para conseguir o emprego desejado.

Para os profissionais não brancos, "leva mais tempo para se recuperar, quando a economia começa a estabilizar-se", afirma Fahad Khawaja, fundador e CEO (diretor-executivo) da Hue.

"Quando os empregos começam a aparecer novamente, você agora está em uma posição de desvantagem, o que só dificulta a volta ao mesmo nível dos demais", explica Khawaja.

Todos esses fatores podem combinar-se para aumentar a ansiedade com relação aos layoffs entre os profissionais não brancos, que se sentem particularmente vulneráveis em um mercado de trabalho reduzido.

"Cerca de 30% [dos negros, indígenas e outros não brancos] preocupam-se com uma possível demissão nos próximos 12 meses", afirma Khawaja. "E esse percentual aumenta quando você examina outras intersecções. Para os latinos ou latinas, é de 35%. Para os asiáticos, também é de 35%. E, se você olhar pessoas não brancas LGBTQIA+, chega a cerca de 40%."

Fonte: BBC News

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